Olhando da janela

15:04



Olho para a janela e nĆ£o me cinto bem, algo me machuca e incomoda dentro de mim. O tempo passou tĆ£o rĆ”pido. Gostaria de ainda ser aquela garotinha que acaba de te conhecer e nem imagina que um dia seriamos melhores amigas.

O tempo aqui esta frio, seguro minha caneca, a mesma na qual vocĆŖ era a unica em que eu dividia...
sinto sua falta. Pelo vidro da janela observo os pingos da chuva escorrerem e me lembro de nossas travessuras em dias chuvosos, eramos boas amigas. E eu sinto muita falta disso. 

Tenho uma novo rotina, depois que se mudou, fico aqui sentada olhando pela janela sua antiga casa, onde vocĆŖ podia chamar de lar, e me lembro de dias em que eu te chamava e vocĆŖ vinha me receber com um abraƧo apertado, como sinto saudade desses abraƧos.

Mas o tempo passou, e nos mudou, vocĆŖ mudou, arrumou novas amigas que para estĆ£o parecendo mais importantes do que a mim. Minhas idas a sua casa diminuirĆ£o, nossas conversas pelo celular diminuirĆ£o, as mensagens do celular quase nunca eram atualizadas, nossas viagens e passeias juntas foram substituĆ­das pelas suas viagens com suas novas amigas, nossas risadas juntas se transformaram em minhas lagrimas, apenas minhas, pois seus sorriso continuam frequentes, mas nĆ£o comigo e sim com suas amigas.

Daqui dessa minha janela, eu choro ao ter todas essas lembranƧas, desde o inicio atĆ© o nosso final. Eramos tĆ£o amigas. Onde foi que errei, e te fiz se distanciar e me trocar?

No fundo mesmo eu sĆ³ quero que vocĆŖ perceba como eu me cinto com tudo isso. Sinto muito a sua falta, de nos duas juntas sorrindo.

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